INESC TEC escreve o futuro da transição energética em código aberto

O futuro da transição energética também passa pelo desenvolvimento de código aberto. Pelo menos é essa a convicção do INESC TEC, que marcou presença na Linux Foundation (LF) Energy Summit 2025, um dos encontros mais relevantes do setor da energia e da comunidade de código aberto. Durante dois dias, foram apresentadas ferramentas digitais que já estão a ser aplicadas em contexto real.

 

De que forma podemos enfrentar os grandes desafios do setor energético? Como acelerar transição digital?

“Acreditamos que a investigação em código aberto reduz o tempo entre o desenvolvimento e a aplicação prática, diminui a dependência de grandes empresas e fortalece uma visão coletiva com os nossos parceiros”, afirma Ricardo Bessa, coordenador da área de Sistemas de Energia do INESC TEC. “Só através de tecnologias acessíveis e interoperáveis é possível construir um futuro energético sustentável”.

Na LF Energy Summit 2025, o INESC TEC não só deu visibilidade a projetos que abordam desafios reais do setor energético, através de plataformas digitais, inteligência artificial e soluções colaborativas, como esteve em contacto com diferentes atores internacionais.  A integração do Instituto como membro associado da LF Energy, fundação dedicada a acelerar a transição energética com base em código aberto, reforça, aliás, o compromisso de trabalhar em conjunto com organizações de referência.

Entre os projetos apresentados, destacou-se a plataforma Predico, já testada pelo operador do sistema elétrico belga (Elia Group), que permite prever de forma mais precisa a produção renovável. Outro exemplo foi o uso de  interoperabilidade semântica para casas inteligentes e redes elétricas, uma ferramenta que promete facilitar a troca de dados em larga escala, interoperabilidade entre equipamentos e melhorar a tomada de decisão.

No domínio da Inteligência Artificial (IA), o INESC TEC esteve representado através do projeto AI4REALNET, que tem vindo a aplicar algoritmos de aprendizagem reforçada à operação de infraestruturas críticas, como redes elétricas, ferrovia e espaço aéreo. “A comunidade open source pode e deve colaborar na expansão de ferramentas de IA, pois só dessa forma é possível impulsionar o avanço científico e construir, em conjunto com investigadores, operadores e indústria, algoritmos confiáveis e transparentes para infraestruturas críticas”, reforçou Ricardo Bessa, durante a palestra.

O investigador do INESC TEC Alexandre Lucas apresentou ainda o projeto da LF Energy CUPID, uma referência de implementação da norma IEEE 2030.5 que abre novas possibilidades para a gestão de recursos energéticos distribuídos. A ferramenta, desenvolvida no âmbito do projeto InterSTORE, é apontada como um avanço crucial para garantir a interoperabilidade entre agregadores e operadores de rede.

 

Esta participação na LF Energy Summit e a integração do Instituto como membro associado da LF Energy confirma o compromisso de Portugal em contribuir ativamente para um ecossistema energético mais resiliente e sustentável, e também reforça a missão e compromisso do INESC TEC com a ciência aberta.

 

 

Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC.

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