Proteção, controlo e monitorização de redes de média tensão: investigadores desenvolvem plataforma para a subestação do futuro

O projeto SCALE, que juntou o INESC TEC, a Efacec, a Armis e o Instituto de Telecomunicações, terminou. Da colaboração entre estas entidades resultou uma plataforma para a subestação de distribuição digital do futuro, que, de forma centralizada, permite controlar, monitorizar e proteger redes elétricas de distribuição. A solução foi demonstrada laboratorialmente com sucesso.

Uma arquitetura inovadora que virtualiza os equipamentos de proteção numa plataforma de computação única, contribuindo para uma maior segurança, flexibilidade e fiabilidade das redes elétricas de distribuição, e respondendo a cada vez maior complexidade da operação da rede. Este foi o resultado do projeto SCALE – Scalable Centralized Grid Protection, Automation and Control, no qual o INESC TEC participou.

“A solução desenvolvida e demonstrada laboratorialmente com sucesso desafia as arquiteturas de subestação digital atuais, e é também uma alternativa disruptiva face à geração anterior de produtos e soluções PAC – Controladores de Processo – hoje aplicada na indústria, com forte impacto no modelo de negócio”, explica Clara Gouveia.

De acordo com a investigadora do INESC TEC, a plataforma centralizada “viabiliza o desenvolvimento de novas aplicações de processamento e gestão de eventos, controlo e automação de rede, que contribuem para a melhoria da eficiência de operação, fiabilidade e promovem a integração segura de produção renovável”.

No projeto SCALE, o INESC TEC foi responsável pelo desenvolvimento das aplicações de automação avançada de rede, nomeadamente, a identificação automática de eventos anómalos, a regulação automática de tensão e proteção adaptativa – que foram integradas com sucesso na plataforma centralizada de proteção. “Fomos ainda responsáveis pela implementação da infraestrutura de teste para a demonstração da solução, que consiste num sistema Hardware In the Loop (HIL), composto pelo simulador tempo-real que emula as condições da rede elétrica e a comunicação com a proteção centralizada, assim como com os dispositivos de proteção com entradas/saídas analógicas”, acrescenta Clara Gouveia.

A demonstração desta infraestrutura HIL, que permite testar novos equipamentos de monitorização, proteção e controlo ou ainda novos algoritmos e aplicações desenvolvidas para a automação de rede, decorreu no Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes e Veículos Elétricos (SGEV) do INESC TEC.

O SCALE foi liderado pela Efacec, arrancou em janeiro de 2021 e terminou em junho de 2023. Com um orçamento superior a 2,2 milhões de euros, foi financiado pelo Compete2020.

 

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