Protótipos desenvolvidos pelo INESC TEC permitem à spin-off InSignals Neurotech avançar com estudos clínicos na Europa

A InSignals Neurotech, spin-off do INESC TEC, vai iniciar um conjunto de estudos clínicos em hospitais europeus, com vista à expansão da aplicação e do uso da tecnologia para a quantificação de sintomas motores relacionados com doenças neurodegenerativas, em particular a doença de Parkinson. Para a realização destes testes, o INESC TEC desenvolveu protótipos que poderão ser usados durante as cirurgias de estimulação cerebral profunda (DBS – Deep Brain Stimulation), para avaliar a rigidez muscular do pulso, um dos principais sintomas da doença. 

A tecnologia usada pela empresa tem vindo a ser desenvolvida pelo INESC TEC desde 2015 e, além de poder ser usada numa fase cirúrgica e pós-cirúrgica (pós-DBS), os dispositivos podem também ser utilizados em consultas clínicas para monitorização dos pacientes. Fruto da colaboração com a InSignals Neurotech e com a empresa têxtil Petratex S.A. foi, entretanto, desenvolvido um novo protótipo físico de um dispositivo wearable, assim como uma aplicação móvel híbrida. Ambas as soluções serão usadas nos testes clínicos a realizar durante este ano e foram recentemente apresentadas e entregues à empresa, numa sessão de trabalho realizada no INESC TEC.  

Protótipos permitem avaliação da rigidez muscular do pulso

“Graças ao desenvolvimento destes protótipos vamos poder iniciar estudos clínicos e validar a tecnologia noutros hospitais, para além do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto. Vamos conseguir expandir o uso e a aplicação desta solução a outros pacientes, não só durante a cirurgia DBS, como para monitorização dos pacientes em ambiente clínico ou em casa”, avança Sara Reis, Diretora-Geral da InSignals Neurotech, reforçando a intenção de dar continuidade ao desenvolvimento da tecnologia. 

“A possibilidade de realizar estudos clínicos em parceria com hospitais em diferentes países da Europa vai permitir continuar a receber sugestões por parte da comunidade médica, nomeadamente, de neurologistas, e até dos pacientes, possibilitando assim uma contínua inovação do dispositivo para ajudar na gestão da doença de forma mais eficiente e correta”, acrescenta ainda Sara Reis.  

Duarte Dias, adjunto da coordenação do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER) do INESC TEC, reforça a relação de proximidade entre o Instituto e a spin-off no desenvolvimento conjunto das soluções da InSignals Neurotech, realçando que o objetivo é “acompanhar sempre a empresa nos seus diferentes níveis de evolução, apoiando o seu crescimento”.  

Recorde-se que a spin-off surgiu em 2019, resultado da aposta feita pelo INESC TEC, com o apoio do Centro Hospitalar Universitário de São João, na área da Engenharia Biomédica, contando igualmente com a participação do grupo Frontier IP do Reino Unido. A empresa desenvolve dispositivos médicos para a quantificação de sintomas motores de doenças neurodegenerativas de forma a obter melhores resultados clínicos. Recentemente recebeu um investimento de 100 mil euros através da call INNOV-ID, uma iniciativa lançada pela Portugal Ventures.  

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