A reindustrialização digital e inteligente esteve em destaque no Porto – e incluiu um Open Day no INESC TEC

Enquadrada na semana dedicada às Tecnologias de Produção Nacionais, o PRODUTECH R3 Summit contou com a participação de diversos agentes da Agenda Mobilizadora e incluiu um Open Day no laboratório do INESC TEC dedicado às Tecnologias Avançadas de Produção.

A validade do modelo colaborativo adotado e a maturidade tecnológica de vários demonstradores estiveram em destaque no PRODUTECH R3 Summit, um evento promovido no âmbito da Agenda Mobilizadora PRR PRODUTECH R3 e que serviu para fazer um ponto da situação das atividades em curso, partilhar resultados intermédios e, sobretudo, fomentar a colaboração entre as diferentes entidades.

Do evento que decorreu no dia 1 de julho, no Porto, Pedro Senna, responsável pela área de desenvolvimento de negócio ligada à indústria (TEC4Industry), destaca a participação de entidades como a Agência Nacional de Inovação (ANI) e a Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI) – num “reforço do apoio público à transformação industrial com base em tecnologia desenvolvida em Portugal”.

Outro momento merecedor de destaque diz respeito à mesa-redonda “Da Estratégia à Ação”, que possibilitou a discussão das barreiras práticas na adoção tecnológica, bem como de tendências de evolução tecnológica para o aumento da competitividade. O painel – no qual participaram representantes do INESC TEC, The Navigator Company, SONAE MC, Kaizen Institute – foi moderado por Pedro Senna, também investigador na área de engenharia de sistemas empresariais, e contou com a participação de António Almeida, investigador do INESC TEC onde coordena a área de engenharia e gestão industrial, que aproveitou para sublinhar “o papel da experimentação e da interoperabilidade como fatores críticos de sucesso”.

O evento culminou com a apresentação de resultados, onde, segundo Pedro Senna, “se evidenciaram os significativos avanços em áreas como paletização automatizada, planeamento de produção, sistemas de picking e empilhadores autónomos”. Juntamente com outros parceiros, o INESC TEC foi responsável por intervenções técnicas, as quais refletiram o envolvimento da instituição no desenvolvimento de muitas das soluções apresentadas, em áreas como Inteligência Artificial, visão por computador, simulação, robótica e comunicações por 5G.

A iniciativa, que decorreu na semana dedicada às Tecnologias de Produção Nacionais, contou com cerca de 250 participantes, entre representantes de empresas industriais, fornecedores tecnológicos, instituições de ensino superior, entidades públicas e organismos intermunicipais.

A participação do INESC TEC no evento estendeu-se até ao dia seguinte, com a realização de um dia aberto no Laboratório de Indústria e Inovação (iiLab) do INESC TEC, em co-promoção com a NOS, uma iniciativa que visava proporcionar uma “experiência imersiva de demonstração tecnológicas”.

O instituto recebeu nas suas instalações empresas e entidades visitantes que puderam observar, entre outros, a rede 5G dedicada a suportar casos de uso extremo, como a prepação de mosaicos de paletes; o carregamento automático de camiões – instalada em parceria com a NOS; soluções de identificação por etiquetas eletrónicas para posicionamento e monitoramento em entrepostos de distribuição (RFId), em parceria com a AZITEK; protótipos de empilhadores autónimos com controlo remoto em realidade virtual; e demonstradores com AMRs integrados em um sistema de gémeo digital bi-direcional (Digital Twin) – em parceria com Infinite Foundry e Flowbotic – com fluxos logísticos simulados suportados por dados empíricos em tempo real.

Pedro Senna faz um balanço “extremamente positivo” da iniciativa, “quer em termos de conteúdo tecnológico demonstrado, quer na interação entre investigadores, técnicos e decisores das empresas participantes”. Para o investigador, o evento permitiu consolidar as ideias de que “as soluções tecnológicas desenvolvidas são viáveis e estão a ser testadas em ambiente real”, mas também que “a colaboração entre parceiros industriais e tecnológicos está a produzir resultados acima da média”.

“A liderança técnica e a capacidade de integração” do INESC TEC foram, segundo Pedro Senna, “determinantes para o sucesso dos Produtos, Processos ou Serviços (PPS) em que o INESC TEC participa, com impacto reconhecido tanto pelos parceiros industriais como pelas entidades financiadoras”.

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