Numa altura em que a complexidade e popularidade das aplicações baseadas em dados cresce a um ritmo sem precedentes, o INESC TEC e a Carnegie Mellon University (CMU) estão a colaborar num projeto para atacar um dos problemas mais discutidos na área: a eficiência dos sistemas de processamento de dados que as suportam. O projeto chama-se ADAPQO e pretende transformar a forma como as bases de dados tomam decisões.
Nos sistemas de bases de dados modernos, o otimizador é o componente responsável por decidir a melhor forma de executar cada pedido feito pelo utilizador. Perante milhões de possíveis alternativas, esta decisão tornou-se cada vez mais difícil, com impacto direto no desempenho do processo e na eficiência dos sistemas, sobretudo num contexto em que a diversidade de bases de dados aumenta para dar resposta às novas aplicações de inteligência artificial (IA).
Com o objetivo de dar resposta a este desafio, o ADAPQO pretende desenvolver um novo tipo de otimizador capaz de aprender com a experiência e melhorar continuamente a sua capacidade de decisão. “A visão passa por criar um serviço autónomo, que acumula conhecimento ao longo do tempo e que possa ser facilmente integrado em diferentes sistemas de gestão de dados”, refere José Orlando Pereira. “Para além do impacto tecnológico, a iniciativa deverá também acelerar a investigação e melhorar a formação avançada na área de bases de dados”, acrescenta o investigador, também docente na UMinho.
Inserido numa linha de investigação já consolidada no INESC TEC, o Instituto é representado por José Orlando Pereira, Ana Nunes Alonso e Nuno Faria, investigadores do INESC TEC na área de bases de dados, que coordenam a vertente portuguesa do projeto e participam ativamente no desenvolvimento científico e tecnológico. Do lado norte-americano, o projeto conta com a colaboração de Andy Pavlo, líder do Database Group da CMU e referência internacional nesta área.
Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC e à UMinho.
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