Com impactos esperados ao nível da redução de custos operacionais, aumento de segurança dos operadores e criação de emprego qualificado, o projeto SMARTCUT.v2 vem dar segurança aos trabalhadores florestais.
Depois já de ter contribuído para a criação de módulos inteligentes, que já tinham sido desenvolvidos numa fase anterior do projeto, para a sensorização de máquinas – utilizadas em operações, mas também na segurança e monitorização florestal –, o INESC TEC integra agora o projeto SMARTCUT.v2. Nesta nova fase, o principal objetivo passa por criar um demonstrador tecnológico que comprove, em contexto real, a eficácia e o potencial de implementação das soluções desenvolvidas no âmbito do trabalho desenvolvido anteriormente.
Partindo das ferramentas de telediagnóstico e inspeção visual do ambiente e dos simuladores de realidade aumentada – usadas para a formação de operados e técnicos –, são agora explorados os sistemas ciberfísicos, de sensorização inteligente, segurança e monitorização, interoperabilidade e automação aplicados a máquinas florestais. Está ainda previsto o desenvolvimento de mecanismos de simulação avançada para formação de operadores e técnicos de operadores e técnicos, possibilitando intervenções remotas mais eficazes e aumentando eficiência no terreno.
Especificamente, o INESC TEC contribuirá para o SMARTCUT.v2 através de duas das suas infraestruturas de investigação: o Laboratório de Robótica e IoT para Agricultura e Floresta de Precisão Inteligente (TRIBE Lab) e o Laboratório de Realidade Virtual – MASSIVE -, fruto da parceria estabelecida entre o instituto e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
No primeiro caso, avança Filipe Neves Santos, investigador do instituto, o trabalho passará pelo “desenvolvimento e prototipagem de uma solução modular destinada à integração em máquinas florestais, com o objetivo de garantir um perímetro de segurança para o operador e para quaisquer pessoas presentes na zona de operação”. Paralelamente, acrescenta, a solução conseguirá integrar “capacidades de monitorização e cadastro florestal, permitindo a geração automática de mapas de produtividade e de inventário do terreno”.
Já no que respeita à participação do MASSIVE, esta incluirá a conceção, desenvolvimento e validação do “simulador imersivo baseado em tecnologias de realidade virtual multissensorial” – tanto para a dimensão de “formação de operadores e técnicos de manutenção”, como na de telediagnóstico e apoio “telediagnóstico e apoio à intervenção e apoio à intervenção nas máquinas florestais”, acrescenta Miguel Melo, investigador do INESC TEC.
O projeto, liderado pela Cutplant Solutions, S.A. e com duração de 18 meses, terá impacto ao nível da “modernização do setor florestal português”, com efeitos diretos na “redução de custos operacionais, aumento da segurança dos operadores e criação de emprego qualificado em regiões de baixa densidade”. Do consórcio fazem ainda parte a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Universidade do Porto (UP), o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e a Arménios-Exploração Florestal Lda.
Os investigadores mencionados na notícia têm vínculo ao INESC TEC, à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

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