INESC TEC integra novo projeto de colaboração para aproximar Europa e Japão na área da supercomputação

Medicina, clima, física quântica ou ciência dos materiais. Estas são apenas algumas das áreas em que a supercomputação e a modelação poderão desempenhar um papel de destaque para o desenvolvimento científico, industrial e social.

Para reforçar estrategicamente a cooperação entre a Europa e o Japão nesta área de investigação, nasceu o projeto HANAMIHPC Alliance for Applications and Supercomputing Innovation: the Europe-Japan Collaboration.

Através do HANAMI, o EuroHPC Joint Undertaking – uma parceria público-privada em HPC (High Performance Computing) que permite congregar recursos na União Europeia através dos seus Estados-Membros, mas também dos Estados que participam nos programas de financiamento Horizonte Europa e Digital Europe – procura promover avanços na supercomputação, facilitando a troca de recursos computacionais entre a Europa e o Japão.

Nesse sentido, o projeto visa encorajar a transferência, teste e avaliação de aplicações científicas em arquiteturas computacionais distintas. Para este efeito, os cientistas europeus poderão aceder ao famoso supercomputador Fugaku, uma máquina capaz de realizar mais de mil milhões de operações por segundo e atual número 4 no Top500 dos supercomputadores mundiais. Já os investigadores japoneses terão a oportunidade de explorar as arquiteturas de computação europeias.

Para Rui Oliveira, investigador do INESC TEC e diretor do Minho Advanced Computing Centre (MACC), o projeto HANAMI configura “uma excelente oportunidade para o INESC TEC, juntamente com parceiros de renome, estabelecer uma parceria valiosa com as instituições japonesas na área da supercomputação”. O investigador relembra ainda o “histórico de parcerias” entre o INESC TEC e vários países asiáticos, nomeadamente no âmbito da rede CENTRA.

Do HANAMI poderá surgir, por isso, uma relação fortalecida entre a Europa e o Japão, em áreas como a modelação climática, as ciências biomédicas ou as ciências de materiais. “Este grupo é apenas um exemplo das diversas aplicações que a supercomputação pode ter no dia-a-dia do cidadão comum e o HANAMI vem confirmar a posição dos decisores europeus, que veêm na área um caminho imprescindível para a afirmação do bloco no contexto tecnológico e digital.”

Liderado pela Comissão Francesa das Energias Alternativas e da Energia Atómica (CEA), o HAMAMI é composto por 14 parceiros de 8 países europeus: Portugal, França, Espanha, Itália, Finlândia, Alemanha, Suécia e Polónia. Do lado japonês, destaca-se a participação do Riken (Institute of Physical and Chemical Research), da Universidade de Tóquio e do RCAST (Research Center for Advanced Science and Technology).

O investigador do INESC TEC mencionado na notícia tem vínculo ao INESC TEC e à UMinho.

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