Lançado ao mar navio de investigação para teste de tecnologias marítimas

Chama-se “Mar Profundo”, o navio de apoio ao teste e validação de tecnologias inovadoras para uso marítimo, lançado ao mar no dia 21 de abril, nas instalações da NAUTIBER, em Vila Real de Santo António.

Concebida de raiz pela NAUTIBER – Estaleiros Navais do Guadiana Lda., a embarcação tem 19 metros de comprimento, autonomia de três dias e capacidade para 12 pessoas, entre cientistas e tripulação. Está especialmente equipada para apoiar a investigação multidisciplinar no mar, podendo testar, por exemplo, ROVs (Veículos Operados Remotamente), sensores acústicos ou módulos robóticos, até 60 milhas da costa.

Trata-se de uma embarcação única em Portugal que permitirá o acesso rápido ao mar profundo, reduzindo os custos deste tipo de missões. “Este navio permitirá deslocar para os diversos locais de operações no mar as competências humanas multidisciplinares e a capacidade laboratorial e logística que até agora, e de forma autónoma, a infraestruturaTEC4SEA apenas possuía em terra. A embarcação abre, pois, um novo conjunto de possibilidades para o ecossistema científico e económico, reposicionando Portugal neste quadro.”, afirma José Manuel Mendonça, Presidente do INESC TEC, uma das entidades fundadoras e coordenadora da TEC4SEA. “Não tínhamos nenhum navio com estas características, e mesmo a nível europeu não há muitos países que tenham uma embarcação com uma função tão específica”, acrescenta Eduardo Silva, investigador do INESC TEC e responsável pela TEC4SEA.

O evento de lançamento ao mar do “Mar Profundo” contou com a presença do MCTES.

A embarcação de investigação é um dos equipamentos da TEC4SEA, infraestrutura de investigação reconhecida pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), incluída no Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico (RNIE), fundada e coordenada por INESC TEC e pelo Centro de Investigação Tecnológica do Algarve (CINTAL).

Com um custo de 869 mil euros, a construção deste navio foi financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Regional do Norte, bem como pela FCT através de fundos nacionais.

Lançamento do navio ao mar contou com presença do MCTES

O evento de lançamento contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, da Presidente da FCT, Helena Pereira e do Presidente da CCDR-Algarve, José Apolinário.

“O INESC TEC tem agora como função equipar o navio para que possa ser posto ao serviço da comunidade científica de uma forma geral, e sempre para valorizar Portugal no mundo”, afirmou Manuel Heitor, que referiu ainda: “esta obra tem um significado muito especial, porque é uma infraestrutura científica construída por uma empresa portuguesa e isso não pode ser esquecido, particularmente no dia de hoje, que é o dia internacional da inovação e da criatividade”.

Após o lançamento, o Ministro reuniu com investigadores do INESC TEC para se inteirar do plano de atividades de investigação que a nova infraestrutura irá permitir.

A embarcação tem 19 metros de comprimento e capacidade para 12 pessoas.

Sobre a TEC4SEA

A TEC4SEA é uma plataforma pioneira a nível europeu, vocacionada para a investigação, desenvolvimento, testes e validação de tecnologias para potenciar a Economia do Mar.  Para isso, agrega um conjunto vasto e multidisciplinar de capacidades, laboratórios, testbeds, equipamentos e instalações de apoio para atividades de I&D, experiências e validações, incluindo agora a embarcação “Mar Profundo”.

Atua principalmente nas áreas da robótica (veículos autónomos e não autónomos), comunicações e sensorização avançada. Trata-se de uma infraestrutura aberta, com a missão de apoiar e acolher a comunidade científica e o tecido industrial — nacional ou europeu — no que respeita ao desenvolvimento de tecnologia para a exploração do mar, dos seus recursos vivos e não vivos, potenciando a economia do mar. Foi fundada pelo INESC TEC e pelo Centro de Investigação Tecnológica do Algarve (CINTAL).

Os investigadores do INESC TEC mencionados na notícia têm vínculo à UP-FEUP e IPP-ISEP.

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